sábado, junho 29, 2013

O Pesadelo



A luz da lua não era suficiente para iluminar o campo, e a aura de morte pairava sobre todo o local. A jovem olhou ao seu redor,e a visão da destruição e de todos os cadáveres ensanguentados fez com que sentisse o gosto de bile em sua boca.

Não se lembrava ao certo como havia chegado lá, mas de algum modo sabia se tratar de uma guerra, causada por uma rebelião, talvez. Os gritos enchiam seus ouvidos, e as pessoas correndo ao seu redor não passavam de um borrão indistinto em meio à fumaça de casas em chamas.

Balançou a cabeça, tentando clarear  os pensamentos: seu irmão. Precisava achar seu irmão. Há muito já não via seu pai; talvez fosse um dos mortos caídos. Mas seu irmão, ah, ele er muito novo para a guerra. Na opinião dela, mas não havia escolha.

Uma explosão em algum lugar ali perto a levou de volta à realidade, e ela voltou a correr. Ouvia os soldados marchando atrás de si, e mais gritos.

Correu por mais alguns metros, e o campo se tornou praticamente vazio. Algumas sombras se moviam, quase no limite da visão. Eram pessoas? Por apenas alguns segundos, a esperança tomou conta de si, e ela voltou a correr. Ele estava lá, tinha que estar. Então, compreendeu porque o campo estava tão vazio. Como podia ter sido tão boba? Tentou voltar atrás, mas já era tarde.

A mina terrestre explodiu, e a visão da jovem escureceu. Ela sentiu todo seu corpo pegar fogo, e tudo se apagou.

***

A luz do sol entrou no quarto, e bateu no rosto da jovem adormecida. Ela acordou de repente, suando frio por causa do pesadelo que tivera. Era isso, fora só um pesadelo. Então, um grito ecoou do andar de baixo da casa, e ela sentiu o pânico crescer dentro de si novamente. Levantou da cama, se dirigiu até o quarto do irmão, e confirmou o que mais temia: ele não estava na cama. O pesadelo estava apenas começando.

Um comentário:

  1. Gente, você curte mesmo essas coisas de pesadelo, meudeuso.
    E textos tão diferentes *-*

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