quinta-feira, junho 13, 2013

Joana

Como uma filha de Zeus,
Aos céus queria subir
Fechou os olhos
E as estrelas pôde sentir

“Entre as nuvens!”
Era onde Joana queria estar
O mais alto que pudesse
Junto ao Sol poderia brilhar

Como um avião,
Joana decolou
E, mais alto do que nunca,
A menina sonhou


Raios e trovões
Eles lhe fariam companhia
Jamais lhe assustaram
Só lhe traziam nostalgia

A chuva não molhava seu cabelo
Estava alto demais para isso acontecer
Resolveu ignorar o pensamento
De que um dia teria que descer

Segundos, décadas ou milênios?
Perdeu a noção do tempo
E assim, bem aos poucos,
Desaprendeu a controlar o vento

Como uma nuvem que se desfaz
O sonho acabou
E tão rápido quanto subiu
Joana despencou.

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