(com participação de Amanda Botelho)
Ele tinha nome de anjo
Textura de algodão
Cabelo de índio
Mente sempre distante.
Incerto era o tom dos seus olhos
Queria viajar pelo globo
Ganhou até apelido, veja só!
Mochileiro de lugar-nenhum.
Ela tinha nome comum
O que a diferenciava era a mente:
Inconstante como só
Distante como a dele.
Feita de doce e fel
Ninguém a compreendia
Por isso se fez assim,
Um pouco sozinha.
Viola, violino, quem sabe um violão?
A quietude que, numa melodia,
Como cheiro de café fresco,
Aproximou a bailarina
E o restante de seus anseios.
Liras confundindo-se com harpas
Num aviso interno,
Os pensamentos gritavam
Mesmo assim não percebeu a armadilha
Viu-se presa num labirinto.
Por sua canção o amou
Observando-o sempre de longe.
Ao lado do garoto viajante
Continuou a garota que sempre foi:
Tornou-se a menina que se esconde.
Escondida permaneceu;
Achou que ninguém a percebia
Nem mesmo seu anjo nomeado
Mas restava-lhe a dúvida
E uma pequena esperança nasceu.
E agora:
O que houve com ela?
Ele, por fim, a percebeu?
Nada restou esclarecido
Muito menos o adeus.
Não gosto de me expor. Essa sou eu. Gosto da discrição, do silêncio da noite, e da ausência de pessoas. Apenas da ausência, não da solidão. Porque é nesses momentos que eu sinto a estranha necessidade de conversar com os que estão ao meu redor, e me exponho. Isso me faz rever meus próprios conceitos. No fim, chego a conclusão de que não vale a pena pensar no que nos forma. A metamorfose humana é contínua. Gosto de me expor, essa sou eu, e essa é minha realidade.

"(com participação de Amanda Botelho)"
ResponderExcluirCê ja começa o texto sabendo que será fodastico e ele ainda supera as expectativas, pqp